GT sobre medidas em meio aberto e frente parlamentar de medidas socioeducativas se reúnem

Os grupos de trabalho da política municipal das ações de apoio socioeducativo em meio aberto e frente parlamentar de medidas socioeducativas realizaram uma reunião no último dia 23 de novembro, que contou com a participação de representantes do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA-Rio), Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Rio de Janeiro (CEDECA-RJ), Conselho Tutelar, Tribunal de Justiça (TJ-RJ), UNICEF, CVL/SUBIGT, Câmara Municipal do Rio de Janeiro (CMRJ) – Frente Parlamentar. de medida socioeducativa.

O coordenador do grupo de trabalho sobre medida em meio aberto, Edvaldo Roberto de Oliveira, fez uma apresentação do Projeto de Vida, realizado em parceria entre a Associação Mãe Terra, TJ-RJ e Universidade Veiga de Almeida, que é um piloto com adolescentes em remissão suspensiva e conta com a adesão voluntária de 14 jovens.

- Os adolescentes que cometeram algum tipo de infração de menor gravidade estão dando um sinal de alerta e é neste momento em que precisamos trabalha-los para que mudem suas vidas e atitudes e possam ser resgatados ao invés de se encaminharem para o mundo do crime – explica a juíza do TJ-Rj, Vanessa Cavalieri.

Um dos grandes objetivos do projeto é preparar estes adolescentes para o mercado de trabalho, além de acompanhar a frequência escolar e oferecer orientação para que eles façam escolhas melhores para o futuro. São oferecidas oficinas de comunicação oral e escrita, acompanhamento das equipes de serviço social e psicologia, visitas às empresas, passeios em museus e acompanhamento familiar.

O projeto acontece até dezembro de 2018, com tempo de duração de 6 meses e monitoramento por mais 6 meses e custou R$ 29 mil. O financiamento foi feito através de doações da iniciativa privada.

- A palavra-chave para trabalhar com adolescentes é compreensão. Temos que trabalhar com a potência destes jovens e pudemos, ao longo dos meses, constatar que houve ampla frequência ao projeto e à escola, presença dos educadores e boa adesão das empresas – resume Edvaldo.

Para o futuro, os planos são replicar a iniciativa dentro das CASDH, viabilizando a descentralização, e buscar outras parcerias com empresas e universidades, além de transformar o projeto em política pública.

A próxima reunião, que acontece mensalmente, está agendada para o dia 7 de dezembro.