Conselheira Aura Liane Pessanha de Souza é homenageada em assembleia do CMDCA-Rio
Os integrantes do CMDCA-Rio fizeram uma homenagem, durante a assembleia de dezembro de 2020, à conselheira de direito, Aura Liane Pessanha de Souza, que faleceu no último dia 07 de dezembro.
Além do minuto de silêncio, a conselheira Maria America Diniz Reis escreveu e leu um texto em seu tributo.
Leia abaixo a homenagem na íntegra.
Homenagem a Aura Liane Pessanha de Souza,
Conselheira Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA-Rio),
Representante da Secretaria Municipal de Educação
Todas e todos na passagem pela Terra foram importantes para suas famílias, amigos, colegas, conhecidos e desconhecidos.
Aura Liane Pessanha de Souza, mulher, negra, cidadã que passou por nossas terras durante breves 54 anos, atuante como servidora da Secretaria Municipal de Educação, que contribuiu muito para o enfrentamento da pandemia, do novo Coronovírus – COVID 19, conselheira de direitos, integrante da Comissão de Políticas Públicas e da Corregedoria dos Conselhos Tutelares, deixou-nos na 2ª. feira, dia 07 de dezembro de 2020.
Por isso, para todos que agora estão vivendo um momento importante da partida de quem foi amada, querida, prestigiada e acolhida, espero que se sintam atingidos por essa reflexão.
Esta é a nossa homenagem. O prodígio dessa grande partida celeste que se chama morte, é que aquelas e aqueles que partem não se afastam. Elas e eles estão em um mundo de claridade, mas assistem como testemunhas enternecidas ao nosso mundo. Aura Liane Pessanha de Souza está no alto e bem perto.
Quem quer que você seja, você que viu desaparecer no túmulo nossa colega Aura Liane, um ser querido, não creia que você tenha sido deixado por ela. Ela estará sempre lá. Ela estará ao seu lado, mais do que nunca. A beleza da morte é a presença. Presença inexprimível das almas amadas, sorridente aos nossos olhos em lágrimas. Aura Liane, o ser chorado desapareceu, não partiu. Nós não percebemos mais a sua visão: nós não nos sentimos mais sobre sua proteção. Porém, os mortos são os invisíveis, mas eles não são os ausentes.
Não há perdas, mas transformações. Relembrar uma pessoa ou experiência passada não implica em anular o vivido e sonhar apenas como futuro. É antes de tudo tentar construí-lo exatamente a partir dessa saudade, dessa pessoa, dessa experiência, do que ficou dela, do possível.
Aura Liane Pessanha de Souza se foi, mas continua com sua família, seus amigos, seus colegas, seus conhecidos. Hoje e sempre! Obrigada, por ter participado de nossas vidas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente no Rio de Janeiro.