CMDCA participa de seminário que discute violências contra crianças e adolescentes

O CMDCA-Rio participou, nesta terça-feira (30) do Encontro Faça Bonito - Proteja nossas crianças e adolescentes, em parceria com a SMAS. Com representantes da sociedade civil, o seminário contou com discussões com temas como a violência sexual de crianças e adolescentes, negros, violência contra populações indígenas, violência contra crianças e adolescentes com deficiência e contra adolescentes trans.

A atual presidente do CMDCA-Rio, Miná Benevello, declarou que em julho deste ano deve ser apresentado, em um seminário, o diagnóstico da criança e do adolescente do Rio de Janeiro, que atualmente está em sua fase final. "Com isso, nós poderemos ver onde estão nossas crianças e adolescentes, como estão e que direitos estão sendo cuidados", disse.

Com o painel "Violência Sexual de Crianças e Adolescentes Negros", a palestrante Mayara Mendes de Oliveira, ressaltou a importância de iniciativas como o evento. "O enfrentamento é isso. Essas iniciativas têm que estar sempre acontecendo, para que possamos entender como o racismo é uma violência que está na base da nossa sociedade e como ela vai incidir sobre as crianças e adolescentes", falou.

Representando os povos indígenas, Mônica Lima, da etnia Manaú Arawak, trouxe à tona a transversalidade entre violências contra mulheres, indígenas, e crianças. "Se o meu povo já é inviabilizado e muitos acham que já não existe sequer povos originários, quiçá as mulheres e as crianças indígenas, principalmente os que vivem nas favelas. Por isso é tão importante falar dessas violências e dos nossos corpos que por tanto tempo foram silenciados e trouxeram a dor nas entranhas", disse.

Já a subsecretária municipal da pessoa com deficiência, Flávia Cortinovis, destacou a importância de iniciativas como o projeto "Eu me protejo", para que o ciclo da violência possa acabar. O “Eu Me Protejo” foi criado para servir de apoio a famílias e educadores em conversas com os pequenos desde cedo sobre os seus corpos e como protegê-los, evitando situações de violência. O site do projeto traz cartilhas ilustradas e outros materiais, em linguagem acessível, voltada para crianças de 0 a 8 anos, para serem lidas pela criança junto com os pais, parentes ou educadores.

O evento contou com a participação de muitos adolescentes que se destacaram por suas falas, Vale a pena assistir o evento no link abaixo.

https://www.youtube.com/watch?v=drl8YbP4atM