CMDCA-Rio participa de lançamento no Museu do Amanhã de campanha contra trabalho infantil
Para lançar a campanha em alusão ao Dia Nacional e Mundial contra o Trabalho Infantil celebrado no dia 12 de junho, o Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e de Proteção ao Trabalhador Adolescente (FEPETI-RJ), do qual faz parte o CMDCA-Rio, realizou, nesta quarta (15), o evento "Proteção social e trabalho infantil", no Museu do Amanhã, das 9h às 16h.
Segundo a PNAD-C do IBGE, em 2019 havia 1,8 milhão de crianças e adolescentes de cinco a 17 anos em situação de trabalho infantil, dos quais 950 mil tinham 16 e 17 anos, 442 mil tinham entre 14 e 15 anos e no grupo de 5 a 13 anos eram 337 mil.
A mesa de abertura do evento contou com as presenças de: o presidente do Conselho, Carlos Laudelino, a vice-presidente do CMDCA-Rio, Érica Maia Arruda, representando a Secretaria Municipal de Assistência Social da cidade do Rio de Janeiro; Deildo Jacinto, representando o FEPETI-RJ; Eugênio Santana Marques, representando a superintendência Regional do Trabalho no Rio de Janeiro; Letícia Guimarães, superintendente de Proteção Social Especial; e Maria Vitória Sussekind Rocha, procuradora regional do MPT.
O presidente do CMDCA-Rio, Carlos Laudenino, destacou a atuação que o Conselho vem realizando nos seus 30 anos de história com o intuito de detectar o que é possível fazer para reduzir os danos causados pelo trabalho infantil.
"Nós precisamos dar voz às nossas crianças, porque quando ocorre uma situação de trabalho infantil, esse é um dano irreversível. Precisamos sensibilizar toda a sociedade e fortalecer nossas crianças, para que elas não sejam mais precarizadas ou vulnerabilizadas, para que tenham um pouco de dignidade", disse.
Já a Conselheira Érica Arruda mediou o painel "Proteção Social e Trabalho Infantil - desafios e mobilizações", proferido pela procuradora do MPT Ana Maria Villa Real e pelo ativista contra trabalho infantil e membro do conselho da UNICEF Felipe Caetano.
O ativista Felipe Caetano destacou que quando uma criança serve outra criança, isso remonta, inclusive, aos tempos de escravidão no nosso país. "A partir do momento em que uma criança é obrigada a servir uma outra criança no trabalho infantil, a nossa sociedade está morta. Ela não tem dignidade, ela não tem vida, ela não tem cidadania", disse.
Por fim, o evento contou também com o painel "Mobilização e registros de experiências no combate ao trabalho infantil no Estado do Rio de Janeiro", com a coordenadora do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, Adriana Garruth. O dia ainda contou com apresentações culturais da Banda Sinfônica Juvenil de Santa Cruz, do Instituto Brasileiro de Música e Educação, e de crianças e adolescentes de unidades de acolhimento.